ChatGPT e a realidade

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A evolução das tecnologias é inevitável e não há ponto de volta, mas há limites. O ChatGPT tomou a imprensa como um divisor e destaca a alta competência de redação e interação da inteligência artificial por trás do site. Com acesso a um acervo imenso de dados e treinada por humanos, a ferramenta da OpenAI, está sendo divulgada como algo jamais visto. Será?

Existem alguns fatos: os textos produzidos são muito semelhantes ao produzido por humanos; a interação é incomparável ao que está disponível e em uso no mercado – chatbot; entretanto já assistimos outras promessas de “boom” que serviram unicamente para dar publicidade aos seus criadores, ou já se esqueceram do metaverso em 2022? O que ficou depois da ampla cobertura midiática? O que se tornou aplicável na prática?

Bom, voltando ao ChatGPT, quando se exclui as demonstrações gratuitas da ferramenta, o que de fato temos? O nome da OpenAI, de Elon Musk (que os sites hora citam como sócio, outra como ex-sócio – sem de fato haver consenso) e do executivo principal, Sam Altman, o que sobra é uma parcela do que a inteligência artificial pode fazer. Não se engane, essas demonstrações estão muito mais ligadas aos testes de percepção, opinião popular e feedbacks para o sistema, do que as reais potencialidades que IA pode já ter alcançado.

Com isso, posso concluir que o ponto de vista é o que determina o tamanho a ser dado para essa ferramenta, sob a ótica do que já disponível para o público geral, o ChatGPT é um avanço exponencial, mas em IA, mera divulgação, acreditem há evoluções ainda mais “assustadoras”.

Como profissional de comunicação, analiso que se vier para ficar, a ferramenta tem amplos usos, mas ainda não tem potencial para substituir humanos. Pelo menos, que seja de conhecimento público, ainda não existem máquinas capazes de expressar emoções, subjetividade e fatores comportamentais.

Monaliza Pelicioni

Formada em jornalismo e pós-graduada em marketing. Mãe, esposa e sócia-diretora da Pelicioni Comunicação

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